Por que estas pulsões ocêanicas?

Pois é verdade que se eu não havia sequer pensado sobre uma metáfora que ilustrasse com precisão poética e elegância filosófica - sim, com precisão poética e elegância filosófica! - aquilo que encontro frente ao espelho, este reflexo que se produz em minha consciência: ao pensar na força do mar, no impacto voraz das ondas sobre as rochas, no ímpeto por vezes desmedido e incontido de uma pulsão marítima, oceânica, encontro nessa visão a pintura natural de minha própria natureza. E talvez só me falte descobrir onde o pintor escondeu seus pincéis... Mas para quê? Não há em tudo isso significativa - perfeição?

***

A poesia é a capacidade de condensar em belos versos a riqueza experiencial de nossas impressões. Ela é a mais elevada forma de arte literária - na verdade, literatura só é arte se participa intrinsecamente da poesia.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Novos ares


Estou ocupado na criação de um novo blog, para postar algumas informações e discussões sobre meu tema atual em filosofia: a caracterização de Sócrates e a implicação de sua figura no pensamento constantemente referido a ele. Talvez não seja de todo original, alguns poderiam mesmo duvidar da relevância de uma pesquisa acerca de tal assunto, mas tenho como certo que toda busca filosófica está inevitavelmente atrelada às inquietações que pululam em nosso espírito. Afinal, se assim não fosse, a própria filosofia perderia o sentido. E antes que alguém me pergunte - quais são realmente suas intenções ao pesquisar tal assunto? abro mão de responder aqui, deixando tais motivações para iniciar minha apresentação no novo blog.
Mas, e as Pulsões Oceânicas? Seu espaço é sobretudo reservado para o meu desafogo pessoal. É o lugar onde apresento meu lado poético, minhas suspeitas e reservas quanto a fatos cotidianos, ou nem tão cotidianos assim. Já pensei em torná-lo um repositório de poesias, um relatório de fatos interessantes, um purgatório para meus pensamentos lascivos. Talvez um correio romântico, uma forma de conselhos virtuais sobre o amor e a vida. Mas nada disso se concretizou. Ou antes, fui como que levado a fazer de Pulsões Oceânicas tudo isso, e ainda mais. Desse modo, não há um compromisso que me aprisione aqui em determinada tarefa. Não há compromissos. Este espaço é justamente o lugar do inquieto, da liberdade, da pulsão. E as pulsões não marcam hora para aparecerem...
E o que tem isso tudo a ver com a foto? Bem, gostei dela, e queria usá-la de alguma forma. Fica ao leitor a sugestão de imaginar por que...