Por que estas pulsões ocêanicas?

Pois é verdade que se eu não havia sequer pensado sobre uma metáfora que ilustrasse com precisão poética e elegância filosófica - sim, com precisão poética e elegância filosófica! - aquilo que encontro frente ao espelho, este reflexo que se produz em minha consciência: ao pensar na força do mar, no impacto voraz das ondas sobre as rochas, no ímpeto por vezes desmedido e incontido de uma pulsão marítima, oceânica, encontro nessa visão a pintura natural de minha própria natureza. E talvez só me falte descobrir onde o pintor escondeu seus pincéis... Mas para quê? Não há em tudo isso significativa - perfeição?

***

A poesia é a capacidade de condensar em belos versos a riqueza experiencial de nossas impressões. Ela é a mais elevada forma de arte literária - na verdade, literatura só é arte se participa intrinsecamente da poesia.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Amy nos deixou Adele

Quando Amy Winehouse morreu, abriu espaço, conscidentemente ou não, a mais bela voz e espírito da música mundial. Dona de feições suaves, voz potente e uma história traduzida em músicas, Adele fez o ano de 2011 encerrar musicalmente elevado. Isso não significa, contudo, que devamos agora desmerecer nossas divas em favor da volumosa beleza londrina de Adele, ou mesmo repudiá-la porque temos divas mais belas das quais não podemos abrir mão. Não se trata de substituir uma diva por outra, mas apenas de ofertar a esta nova que desponta o verdadeiro valor que merece.

De acordo com o jornal Daily Mail, um grupo identificado como admiradores da Mãe Monstro (Lady Gaga) estaria atacando verbalmente a cantora Adele na internet, postando mensagens ofensivas (geralmente ligadas ao peso da britânica) em contas de Twitter, YouTube, entre outros. O motivo seria a briga – saudável – das duas artistas pelas paradas musicais e vendagens de álbuns mundialmente. Um dos comentários que teriam sido escritos em redes sociais seria:

Confirmado: Gaga não usará o vestido de carne porque tem medo de que Adele o coma.

Em resposta, Gaga mencionou o repúdio aos comentários e sua paixão pela cantora:

- Qualquer um que diga algo negativo sobre a Adele, eu não vou apoiar. Eu não li nada específico sobre o que foi dito, mas eu com certeza não apoio isso. Eu a amo imensamente. Ela é muito doce e nós trocamos alguns e-mails sobre o nosso amor mútuo. Eu desejo o melhor para a recuperação dela e mal posso esperar para ouvir suas novas músicas. Ela é um grande sucesso nos Estados Unidos e no Reino Unido e é maravilhoso ver mulheres fortes fazendo sucesso na música pop.

Definitivamente, o fanatismo é um mal humano permanente. Contra ele menciono também meu repúdio, contra ele meu gosto por ambas se mostra um exemplo. Por ambas e por Amy.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

calado


Um grito no escuro
sussurro inaudito
reverte o gemido
daquele que ama:
deixado ao monturo
em seca, desvalido,
o espírito inflama
demais obscuro
até tê-lo lido
nos lábios, na cama.

domingo, 4 de setembro de 2011

Desejos ao mar


Conforme o dia nasce
a onda bate e traz
toda tua saudade,


o verde da tua mata
mata o corpo de espanto,
a alma de vontade.


Então vejo de novo
a força inconsequente:
pulsão de liberdade!


Navego pelas águas
repouso, geme, ouço
teu gozo de verdade.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

E por falar em tv...



Cuidado! Estejamos atentos! Nossa memória é bastante falha, mas estarei aqui para (talvez só para mim mesmo...) lembrar de que algo suspeito esteve no ar algumas semanas atrás, e provavelmente nem tenhamos dado tanta importância assim. O editorial Globo, aquele representante dos interesses americanos em solo brasileiro, publicou em agosto um manifesto de isenção e imparcialidade de sua função jornalística, e deveríamos perguntar - pra quê? Aparentemente, nenhum fato pôs as organizações em dúvida quanto a sua credibilidade, e aparentemente não haveria qualquer motivo para um tal manifesto. Mas isso é só aparentemente. A Globo não faz nada por acaso. E ao sentir uma necessidade tão 'benfeitora' de mostrar ao público suas 'justas e louváveis' intenções na escolha e na apresentação das notícias (quem acredita?), está certamente prevendo uma situação à frente em que sua credibilidade será (quem duvida?) posta à prova. Aguardemos pra ver de novo, claro, só se for na Globo... (sic)

Tragédias esquecidas...




Lembro-me daquele fatídico 11 de setembro de 2001: estava na minha época de trabalho braçal, abrindo e fechando máquinas de xerox, trabalhando com um público sempre bastante educado e simpático (sic!), quando de uma hora para outra as televisões de todos os estabelecimentos da rua em que ficava a minha firma noticiavam a mesma tragédia. Meus olhos e os de todos, admirados como sempre diante da tela mais alienante do mundo, percebiam o fogo e o desespero em uma das torres do World Trade Center, e nos indagávamos que diabos de fato estava acontecendo. Sem que o meu pensamento pudesse corresponder muito bem às informações trazidas pelas janelas da minh'alma, a admiração tornou-se ainda mais tenebrosa ao ver outro avião chocar-se contra a segunda torre, em uma cena que provavelmente teria sido muito bem produzida pelo cinema americano. Não seria na verdade um muito bom filme a ser passado ao mesmo tempo em todos os canais da tv? Muito pouco provável. A cena, em toda a sua angústia, embora parecesse um filme de guerra, trazia ao mundo real os traços luxuriosos daquela fantasia própria da ficção. Mas por que estou a lembrar-me disso? Talvez porque estejamos bem próximos de "comemorar" 10 anos daquele dia fatídico. "Comemorar"- parece ser este mesmo o sentimento próprio à lembrança de uma tragédia. Mas nossa lembrança é deveras obtusa para outras tantas tragédias, que fazem aniversário em algum momento do qual não temos nenhuma vaga lembrança. Lembrar é um fenômeno tão interessante quanto o esquecer, e talvez devéssemos perguntar por que esquecemos certas tragédias, sociais e mesmo pessoais, com uma constância dificilmente percebida, a não ser que algo ou alguém nos faça sentir novamente aquela dor, aquela angústia. As cenas das torres em queda serão estes dias uma constante na telinha da tv, e poderíamos pensar que outras tantas 'torres' decaíram em nossa vida e na vida do país, para que pudéssemos de algum modo comemorá-las com as lágrimas, ou risos, devidas.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Política, pra quê?





O que é a política? A pergunta pode soar um tanto esquisita, já que estamos no Brasil. Mas a esquisitice parece querer dizer exatamente isso - não temos nenhuma familiaridade com a política, senão com o papel vergonhoso que nossos representantes adoram representar no congresso. Por aqui, quando se fala em política se pensa em corrupção, em descaso, em safadeza, como se a imagem da política para nós fosse uma mistura diabólica de malandro da Lapa, playboy engomadinho e uma loira bem devassa. Mas talvez isso seja um sinal, não muito bom, mas um sinal de que as coisas podem ser modificadas. Bastaria que se entendesse que a política não é lá muito distante assim de nós, e que somos de igual modo malandros, playboys, devassos. Reclamar de quem então? A voz do povo é a voz de Deus, dizem as más línguas, mas talvez seja, ao contrário, a voz das profundezas mais obscuras de nossa natureza tupiniquim. Afinal, nossos representantes nos representam, e se estivéssemos assim tão insatisfeitos com a encenação deles não estaríamos inertes diante da TV ou do jornal, vendo a farsa acontecer bancada por nós. A nossa situação está deveras preocupante, mas sempre há um jeitinho, o bom jeitinho brasileiro, para saber lhe dar com a crise. A prefeitura do Rio está falida? O Estado do Rio permanece um esgoto de corrupção? Que nada! O importante é que o inverno está terminando, o verão vem chegando com tudo, e aí poderemos pedir aquela cervejinha, curtir uma praia das centenas de praias cariocas, cobiçando as loiras de plantão, com direito a fio dental e, se tiver algum dinheiro, até um beijinho. Pois é isso que importa, enfim. Nossa natureza não quer saber muito de formalidades. Deixe o terno para aqueles malandros e devassos do planalto. Fiquemos aqui pagando pra ver, literalmente, o circo pegar fogo, sonhando um dia que fosse na nossa cama...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Diálogos com a physis III



_ Como vai o Pedro?

_ Estamos indo...

_ Não parece ir muito bem.

_ Sabe como é, as mudanças...

_ Estamos sempre reclamando das mudanças... É difícil entender, mas tudo no mundo muda. Ao nosso redor as coisas fluem, umas com mais velocidade que outras, outras menos evidentes que umas. Por que esperamos que as pessoas sejam as mesmas, se as situações da vida também mudam?

_ Pois é, mas acho que acreditamos que o homem pode permanecer, de algum modo, com algumas das suas características, ou pensamentos, ou vontades...

_ Pois é, acreditamos. O velho problema da crença.

_ Sempre os velhos problemas...

_ Acho que por isso acreditamos que podemos permanecer os mesmos: porque sempre estamos envolvidos com os velhos problemas.

_ Acreditamos no sempre porque sempre acreditamos. Boa resposta.

_ Mais uma resposta a um velho problema...

domingo, 24 de julho de 2011


Morre mais uma diva com a idade fatídica de 27 anos. A flor da juventude desbotou intensa e danosa, como Janis Joplin e Jimi Hendrix, e a sua partida era bem mais do que previsível. Quando o mundo parece rendido ao seu talento, o artista perde a dimensão "social", "coletiva", por assim dizer, de sua própria individualidade. O apelo que emerge do mais íntimo de cada um, em forçar uma não aceitação de padrões ou limites, quaisquer que sejam, é assustadoramente maior nestes casos. A alma não suporta a imensa vastidão de sua "liberdade". Quem padece é o corpo, o ser mais frágil desta conjunção. O fim trágico, entretanto, parece atender a um desejo profundo de eternidade: a genialidade parece perdurar ainda mais quando encerrada tragicamente. Não apenas seu talento, mas a personalidade forte e atraente de Amy Winehouse, ainda e sempre ressoarão, por trás e em conjunto com sua música.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Novos ares


Estou ocupado na criação de um novo blog, para postar algumas informações e discussões sobre meu tema atual em filosofia: a caracterização de Sócrates e a implicação de sua figura no pensamento constantemente referido a ele. Talvez não seja de todo original, alguns poderiam mesmo duvidar da relevância de uma pesquisa acerca de tal assunto, mas tenho como certo que toda busca filosófica está inevitavelmente atrelada às inquietações que pululam em nosso espírito. Afinal, se assim não fosse, a própria filosofia perderia o sentido. E antes que alguém me pergunte - quais são realmente suas intenções ao pesquisar tal assunto? abro mão de responder aqui, deixando tais motivações para iniciar minha apresentação no novo blog.
Mas, e as Pulsões Oceânicas? Seu espaço é sobretudo reservado para o meu desafogo pessoal. É o lugar onde apresento meu lado poético, minhas suspeitas e reservas quanto a fatos cotidianos, ou nem tão cotidianos assim. Já pensei em torná-lo um repositório de poesias, um relatório de fatos interessantes, um purgatório para meus pensamentos lascivos. Talvez um correio romântico, uma forma de conselhos virtuais sobre o amor e a vida. Mas nada disso se concretizou. Ou antes, fui como que levado a fazer de Pulsões Oceânicas tudo isso, e ainda mais. Desse modo, não há um compromisso que me aprisione aqui em determinada tarefa. Não há compromissos. Este espaço é justamente o lugar do inquieto, da liberdade, da pulsão. E as pulsões não marcam hora para aparecerem...
E o que tem isso tudo a ver com a foto? Bem, gostei dela, e queria usá-la de alguma forma. Fica ao leitor a sugestão de imaginar por que...

terça-feira, 17 de maio de 2011

A caçada ao Osama português


O português, que há 511 anos, por aí, chegou em terras tupiniquins, parece estar ameaçado: o Ministério da Educação e Cultura, órgão que deveria cuidar exatamente da educação e da cultura da sociedade brasileira, aprovou um livro de gramática portuguesa que não ensina gramática. Os autores justificam a defesa de um afrouxamento da norma culta como uma forma de evitar o preconceito com as diferentes formas de se expressar. Contudo, que preconceito não seria maior que este atestado de incapacidade, onde o órgão máximo da educação no país maleabiliza as leis da gramática como forma de privilegiar a variedade de dialetos dos jovens brasileiros? Se concordar o plural dos artigos com os substantivos é tão difícil assim, por que continuar a aceitá-lo nos exames e concursos públicos? Não seria isso uma discriminação sem igual? Afinal, segundo os nobres e doutos juízes do MEC, não valorizar as diferenças é sinônimo de discriminação - como se o padrão e a norma fossem o carrasco opressor das jovens mentes estudantis. A educação no Brasil está um fiasco. O país jamais alcançará os degraus de maior destaque no mundo enquanto preterir suas raízes, enquanto não se dispuser a realmente educar os jovens - sem imaginar que ensinar leis é tolir ao invés de formar. Desconfiemos de todo aquele que tenta afrouxar ou mesmo tornar mais branda e sem efeito a lei: certamente a discriminação não será extinta pelo decreto que invalida a universalidade das diferenças.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Obama pega Osama pega Obama pega Osama...




Cuidado! O barbudinho pode não ser mais barbudo, e em algum momento ele pode bater à sua porta, bater a sua carteira, ou bater outros aviões contra outras belas paisagens do mundo moderno... Mas não se preocupe! Sorria, que os "yankes" sabem o que fazem - embora nem mesmo seu cinema tenha mais assim tanta qualidade...

terça-feira, 12 de abril de 2011

O caso Wellington

(mudei a imagem anterior para essa, recentemente divulgada: bem mais interessante para demonstrar meu ponto de vista)

A polícia e os noticiários têm desacreditado dos escritos deixados pelo assassino de Realengo, sobretudo acerca de um seu possível envolvimento com facções extremistas do islã. Mas a força persuasiva que as religiões atuais exercem sobre as mentes mais jovens (e não só) é um vírus que mata aos poucos, em alguns casos, mata coletivamente. É uma endemia, uma epidemia - talvez seja mesmo uma pandemia que precisa receber os devidos cuidados preventivos para que, como já dizia Hipócrates há bastante tempo, os humores voltem à estabilidade e à harmonia. Se há algo de divino no saber humano, a harmonia é seu espécime essencial.
Por esse motivo, a linha fundamental de investigação tem sido desprezada, senão por incompetência, certamente por ordens externas que, em acordo com os interesses majoritários dos barões do capital e das cabeças humanas, providenciam um esquecimento coletivo dos verdadeiros motivos que levaram um jovem mentalmente deficiente a propagar essa onda de terror em solo brasileiro. A globalização tem seus efeitos, bons e ruins. A terra nostra, agraciada por Deus, está agora provando também dos malefícios que, dizia-se, lhe passavam ao largo.

Tasso da Silveira - Uma escola, um poeta: uma tragédia


A loucura fatal de nossa sociedade mais uma vez se estampou nos noticiários e diante dos olhos de todos. Um jovem possuído por problemas mentais e ideológicos assassinou aleatoriamente crianças em uma escola no bairro de Realengo, no Rio, deixando marcas incontornáveis. O próprio assassino havia sido vítima de inúmeras marcas da vida, do seu contexto familiar e social. As marcas de nossa cultura esquizofrênica, agonizante, em vias de ser aplaudida em um seu alvoroço descomunal pela insistente necessidade de ordem, de moral, de normalidade, quando tudo o que se exige não condiz com o que é ofertado. A lei do mercado rege a vida cotidiana: a procura encontra ampla oferta, embora o aviso seja sempre "não procure", "não consuma". Os mais frágeis não resistem. Sucumbem ao teor alcoólico da lógica capital. Viciam-se com a cultura florida e multifacetada dos tempos tecnológicos. E tornam-se antissociais, perigosos, revolucionários. Projetam sobre a mesma sociedade que os instiga um sentimento permanente de desregramento, de dissolução, de perversão. Consuma e não suma: seja. A fatalidade do destino de nosso tempo se estampa, mais uma vez. Produz o espanto, a perplexidade, o silêncio. A escola de Realengo voltará à normalidade, mas não a de antes. O silêncio fere. Talvez o poeta que lhe dá o nome possa nos dizer, ao fim, o que fica de todo esse estampar-se de uma tragédia.


Fronteira


Há o silêncio das estradas
e o silêncio das estrelas
e um canto de ave, tão branco,
tão branco, que se diria
também ser puro silêncio.
Não vem mensagem do vento,
nem ressonâncias longínquas
de passos passando em vão.
Há um porto de águas paradas
e um barco tão solitário,
que se esqueceu de existir.
Há uma lembrança do mundo
mas tão distante e suspensa...

Há uma saudade da vida
porém tão perdida e vaga,
e há a espera, a infinita espera,
a espera quase presença
da mão de puro mistério
que tomará minha mão
e me levará sonhando
para além deste silêncio,
para além desta aflição.


Tasso da Silveira, Publicado no livro Regresso à Origem (1960).
In: POETAS do modernismo: antologia crítica. Org. Leodegário A. Azevedo Filho. Brasília: INL, 1972. v.4, p.74. (Literatura brasileira, 9C)

terça-feira, 29 de março de 2011

O verso


Escrevo em verso
para ver ao inverso
o próprio universo
com quem converso.

segunda-feira, 28 de março de 2011


O que é o corpo? O que é a alma? A incerteza deste último decorre diretamente da certeza do primeiro.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Por um pensar concreto


Pensar concretamente não se dá por oposição ao pensar abstrato, nem mesmo no sentido de se apresentar enquanto um pensamento engessado, endurecido, imóvel. Pensar concretamente é tornar o pensamento o mais abrangente possível, o mais amplo e por isso o mais completo. Todas as possibilidades do humano se apresentam neste modo de pensar, toda a potência consciente do homem se atualiza. Deste modo, ele se realiza em um eterno movente, em um colher e rejeitar, em um conhecer e desconhecer, em um esclarecer e tornar obscuro. A lógica que reina no discurso e no pensamento concreto é uma dialética.
- Sim, mas então, concretamente, o que é o pensamento?

quarta-feira, 2 de março de 2011

A mocinha Devassa


Quem diria que a mocinha se tornaria uma mulher! Tornou-se? Há dúvidas quanto ao papel devasso da eterna menina dos olhos de todos... Mas com alguma forcinha, é possível olhá-la com bons olhos: de algum modo a campanha da cerveja Devassa atrela sua imagem a da eterna musa da devassidão, provocando a imaginação a um irresistível sabor de pecado. Para quem ainda prefere a Hilton no papel (como eu), Sandy ataca - "A verdade é: eu tenho um lado devassa. Todos nós temos". Haja imaginação...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Oscar


Merecedora certamente, que já em Closer poderia ter sido reconhecida... Brilhante atriz entre algumas divas decadentes da decaída Hollywood, Natalie Portmam é talvez um daqueles gênios da atuação, tão profundos e multifacetados, que desde agora e sempre figurará no rol das grandes surpresas cinematográficas, que reúne em si uma beleza apaixonante e uma atuação impecável.

Menos um homem das grandes letras


Morreu na madrugada deste domingo o escritor gaúcho Moacyr Scliar, de falência múltipla de órgãos. Ele sofreu um acidente vascular cerebral isquêmico (AVC ) em 16 de janeiro, enquanto se recuperava de uma cirurgia no intestino, e desde então estava internado no CTI do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Um dos poucos homens dignos de ocupar uma cadeira na ABL, deixa-a agora vaga - para quem?

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Energia nova - 2011


Ano novo, vida nova - é o que se costuma dizer em meio à efervescência das festas de fim de ano. Mas a vida segue em frente, as coisas continuam como dantes, e o que muda de fato somos nós, nosso modo de encarar as coisas, nossa energia e disposição, nossos planos. Enfrentar a mesmice dos dias vindouros parece mais fácil depois de uma boa dose de otimismo e champagne. E nessa energia nova, renovada, é que desejo a todos os meus queridos amigos seguidores um ótimo 2011!!