A obra de Mario Ferreira dos Santos, embora de uma vastidão invejável a qualquer Descartes ou Kant, permanece quase que inteiramente desconhecida do grande público de letras do Brasil. E isso se deve a várias razões; uma delas é que o forte apelo de nossa mente tupiniquim pela filosofia estrangeira nos bloqueou a sequer considerarmos a possibilidade de uma "filosofia no Brasil", que dirá a de nomearmos alguém das terras de cá como "filósofo". Obviamente, isto é um preconceito, tão grosseiro quanto qualquer definição que se possa fazer de o que seja a filosofia, sem incorrer em uma limitação pavorosa. Somos tão capazes de pensar o mundo e a nós mesmos como qualquer ser antropológico habitante deste planeta. Fazemos questão, no entanto, de nos atermos ao produto pronto, importado via terceiros, que tem massificado e alienado nosso pensamento frente às reais possibilidades que temos de compreendermos o homem e contribuirmos para o desenvolvimento da humanidade.
Outra razão de tamanho descaso está em que, aqueles poucos que se sentiram e se sentem agraciados por terem encontrado uma figura tão singular em solo brasileiro, se pensarmos o que pensamos de nós mesmos enquanto país, fazem muito pouco para resplandecer a luz de Ferreira aos menos afortunados. Até o momento, existiam apenas reedições de 4 dos seus livros, donde apenas um deles é imprescindível para a compreensão de seu legado enquanto filósofo: Lógica e Dialética é alguma coisa de bastante oportuna aos ares pouco frescos da mente filosófica atual, e sequer nos foi apresentada em uma edição cuidadosa e crítica, como se exigem os padrões atuais de publicação. Com muitos erros de impressão, notas confusas e mal trabalhadas, e uma introdução que beira ao folhetim muito mais que ao padrão de uma obra como esta que se dá a introduzir, o livro Lógica e Dialética se perde entre os demais livros da editora cristã Paulus como mais um livro. Se não fosse a iniciativa da editora É realizações, que vem publicando outras tantas importantes obras filosóficas, desconhecidas do público brasileiro, inclusive a de Mário Ferreira dos Santos, teríamos que lamentar esse descaso monumental com alguém que merecia uma apreciação, senão devocional, ao menos honrada.
Outra razão de tamanho descaso está em que, aqueles poucos que se sentiram e se sentem agraciados por terem encontrado uma figura tão singular em solo brasileiro, se pensarmos o que pensamos de nós mesmos enquanto país, fazem muito pouco para resplandecer a luz de Ferreira aos menos afortunados. Até o momento, existiam apenas reedições de 4 dos seus livros, donde apenas um deles é imprescindível para a compreensão de seu legado enquanto filósofo: Lógica e Dialética é alguma coisa de bastante oportuna aos ares pouco frescos da mente filosófica atual, e sequer nos foi apresentada em uma edição cuidadosa e crítica, como se exigem os padrões atuais de publicação. Com muitos erros de impressão, notas confusas e mal trabalhadas, e uma introdução que beira ao folhetim muito mais que ao padrão de uma obra como esta que se dá a introduzir, o livro Lógica e Dialética se perde entre os demais livros da editora cristã Paulus como mais um livro. Se não fosse a iniciativa da editora É realizações, que vem publicando outras tantas importantes obras filosóficas, desconhecidas do público brasileiro, inclusive a de Mário Ferreira dos Santos, teríamos que lamentar esse descaso monumental com alguém que merecia uma apreciação, senão devocional, ao menos honrada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário