O
Lula enlouqueceu! A constatação é de Arnaldo Jabour, mas bem poderia ser de
qualquer espectador das últimas novidades na política brasileira. É bastante
conhecido o provérbio que diz “de médico e louco, todo mundo tem um pouco”,
mas a saúde debilitada do senhor excelentíssimo ex-presidente da República
parece ter afetado inclusive seus neurônios. Não, isto não é ironia – a questão
é que boa parte do que acontece hoje no mundo, inclusive e acima de tudo no
Brasil, tem se mostrado, quando dito, constantemente acrescido de um sentimento
do ridículo, próprio daquelas épocas da história humana em que os fatos não condizem
mais com aquilo que se esperaria deles: antes, contradizem de tal forma nossas
expectativas que só podemos, em certa medida, desacreditá-los, e no fim, devido
à falta de lógica dos agentes envolvidos na situação, rir do grotesco
escancarado.
É
bem verdade que se pode dar boas gargalhadas ouvindo os últimos noticiários – em
que se apregoa cuidados com o planeta, beirando o catastrófico, apenas para
provocar à ação quem menos degrada o meio ambiente, ou seja, a sociedade civil;
ou então no vislumbre, diria mesmo horripilante, de uma CPI que se constrange a
si mesma toda vez que intenta investigar mais a fundo o lamaçal de corrupção
que desce “cachoeira abaixo”. O mais surpreendente, no entanto, é ver o senhor
Lula tecer suas redes de influência corruptora de modo tão explícito que o riso
latente nos lábios do povo só pode significar uma coisa: estamos diante de uma
dominação descarada do aparelho estatal por parte do PT, que não medirá
esforços, nas palavras do próprio Lula, para se manter no poder, custe o que
custar.
Mas seria
mesmo esse o significado do riso que esboçamos ao ver o ex-presidente ao lado
de Maluf, aliando-se aos mais podres da política para satisfazer sua ambição à
la Maquiavel? É provável que o povo nem chegue realmente a se dar conta do que
vê, e ria de tudo isso apenas porque constate aquilo que já sabia faz tempo: que
só a corrupção prevalece nestas terras. Contudo, mesmo inconscientemente, o espírito
tupiniquim pode diagnosticar a loucura do seu semelhante medindo-a pela sua própria:
nossa falta de preocupação com a política, com o que se faz dela por aqui,
espelha o sorriso que damos ao ver uma cena como esta da foto. Rimos da loucura
de nossa política pela nossa própria loucura em não nos preocuparmos com a política!
E o que nos sobra? – Bem, temos praias, cerveja, carnaval. E quando tudo parece
meio doido lá fora, o médico que há em nós foge em direção à loucura de nos deixar
levar pela vida, de churrasco em churrasco, ao som dos pagodes de quintal ou do
“batidão” que, muito sagazmente, denuncia: a vovó que ficou maluca incorporou
no líder do PT. Quando o senhor Lula aparecer de peruca, ninguém mais terá dúvidas:
rir é o melhor remédio.
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