Por que estas pulsões ocêanicas?

Pois é verdade que se eu não havia sequer pensado sobre uma metáfora que ilustrasse com precisão poética e elegância filosófica - sim, com precisão poética e elegância filosófica! - aquilo que encontro frente ao espelho, este reflexo que se produz em minha consciência: ao pensar na força do mar, no impacto voraz das ondas sobre as rochas, no ímpeto por vezes desmedido e incontido de uma pulsão marítima, oceânica, encontro nessa visão a pintura natural de minha própria natureza. E talvez só me falte descobrir onde o pintor escondeu seus pincéis... Mas para quê? Não há em tudo isso significativa - perfeição?

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A poesia é a capacidade de condensar em belos versos a riqueza experiencial de nossas impressões. Ela é a mais elevada forma de arte literária - na verdade, literatura só é arte se participa intrinsecamente da poesia.

quarta-feira, 11 de março de 2009


Ah, o mar! Como não se sentir renovado frente a ele, em dias que parecem não passar, em noites que parecem não chegar! Mas cá estou de volta, como as ondas que vem e vão, tentando encontrar novamente minha voz perdida, esquecida, aqui dentro de mim mesmo.

Um comentário:

Prih disse...

Isso me lembra "As Ondas" da Virginia Woolf...