Por que estas pulsões ocêanicas?

Pois é verdade que se eu não havia sequer pensado sobre uma metáfora que ilustrasse com precisão poética e elegância filosófica - sim, com precisão poética e elegância filosófica! - aquilo que encontro frente ao espelho, este reflexo que se produz em minha consciência: ao pensar na força do mar, no impacto voraz das ondas sobre as rochas, no ímpeto por vezes desmedido e incontido de uma pulsão marítima, oceânica, encontro nessa visão a pintura natural de minha própria natureza. E talvez só me falte descobrir onde o pintor escondeu seus pincéis... Mas para quê? Não há em tudo isso significativa - perfeição?

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A poesia é a capacidade de condensar em belos versos a riqueza experiencial de nossas impressões. Ela é a mais elevada forma de arte literária - na verdade, literatura só é arte se participa intrinsecamente da poesia.

sábado, 1 de novembro de 2008

Soneto do meu amor

Porque não me apercebo, desfaleço
Pela culpa em saber quanto me ama
Este amor que te faz, já não mereço
Que me tome no prazer da tua cama

Teu corpo que se esconde no pijama
Na cama, não escondo meu apreço
Pele nua que se deita - uma dama
Nesta noite saberei que eu pereço

Formosa travessura do desejo
Loucuras do prazer de amar-te sempre
Perdido no sabor deste teu beijo

Se é possível algum dia um livramento?
Livrar-se do amor é impossível
Sem que a alma naufrague em sofrimento

Um comentário:

Prih disse...

Nossa muito bom...um dos que eu mais gostei... fugir do amor é impossivel...Mas ainda tenho as minhas duvidas se ele é um Deus bom ou mal haha estou zuando...Deuses nao podem ser maus...