Por que estas pulsões ocêanicas?

Pois é verdade que se eu não havia sequer pensado sobre uma metáfora que ilustrasse com precisão poética e elegância filosófica - sim, com precisão poética e elegância filosófica! - aquilo que encontro frente ao espelho, este reflexo que se produz em minha consciência: ao pensar na força do mar, no impacto voraz das ondas sobre as rochas, no ímpeto por vezes desmedido e incontido de uma pulsão marítima, oceânica, encontro nessa visão a pintura natural de minha própria natureza. E talvez só me falte descobrir onde o pintor escondeu seus pincéis... Mas para quê? Não há em tudo isso significativa - perfeição?

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A poesia é a capacidade de condensar em belos versos a riqueza experiencial de nossas impressões. Ela é a mais elevada forma de arte literária - na verdade, literatura só é arte se participa intrinsecamente da poesia.

domingo, 16 de novembro de 2008

Tornar-te amada


Inércia de paixões insanas
Dores de um amor sutil
Que na mente são levianas
E que no peito é pueril

Intensidade de um olhar
Que minha pele fere e marca
Voracidade em te beijar -
Crava o beijo como estaca!

Prazer em te possuir
E já não querer mais nada
Seu calor em mim sentir
Por meu amor, tornar-te amada

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