No toque, no olhar,
na rima incontida de um gesto
no pulso pulsante da canção
que não se desfaz na boca
como mel, mas alimenta,
alivia, dá prazer... Assim,
mesmo que pudesse evitar
já não posso,
já não sou capaz de ouvir a voz
daquela insegurança que
tanto, tanto me aprisionava.
Agora aqui mesmo só
uma voz que me toma
que me invade
apenas uma palavra que me enleva
que me alegra, que me diz
– siga e não tente entender,
ouça e não tente escutar,
pois não há nada além do que
apenas o instante, o agora
tão-só para sempre o amar.
Um comentário:
Não canso de ler essa poesia...haha..
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