Por que estas pulsões ocêanicas?

Pois é verdade que se eu não havia sequer pensado sobre uma metáfora que ilustrasse com precisão poética e elegância filosófica - sim, com precisão poética e elegância filosófica! - aquilo que encontro frente ao espelho, este reflexo que se produz em minha consciência: ao pensar na força do mar, no impacto voraz das ondas sobre as rochas, no ímpeto por vezes desmedido e incontido de uma pulsão marítima, oceânica, encontro nessa visão a pintura natural de minha própria natureza. E talvez só me falte descobrir onde o pintor escondeu seus pincéis... Mas para quê? Não há em tudo isso significativa - perfeição?

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A poesia é a capacidade de condensar em belos versos a riqueza experiencial de nossas impressões. Ela é a mais elevada forma de arte literária - na verdade, literatura só é arte se participa intrinsecamente da poesia.

domingo, 6 de maio de 2012



Existem aqueles que vivem por prazer ou pelo sucesso, e se precupam excessivamente consigo mesmos; existem aqueles que vivem pelos outros, e agem como que gratuitamente a fim de realizarem o bem. Todas estas três formas de realização existencial são em si mesmas insatisfatórias: o segredo não está em viver por esses bens, quaisquer sejam eles, mas em encontrar o bem de estar vivo e de poder viver por aquilo que se deve viver. A existência é o maior dos nossos bens.

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