Por que estas pulsões ocêanicas?

Pois é verdade que se eu não havia sequer pensado sobre uma metáfora que ilustrasse com precisão poética e elegância filosófica - sim, com precisão poética e elegância filosófica! - aquilo que encontro frente ao espelho, este reflexo que se produz em minha consciência: ao pensar na força do mar, no impacto voraz das ondas sobre as rochas, no ímpeto por vezes desmedido e incontido de uma pulsão marítima, oceânica, encontro nessa visão a pintura natural de minha própria natureza. E talvez só me falte descobrir onde o pintor escondeu seus pincéis... Mas para quê? Não há em tudo isso significativa - perfeição?

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A poesia é a capacidade de condensar em belos versos a riqueza experiencial de nossas impressões. Ela é a mais elevada forma de arte literária - na verdade, literatura só é arte se participa intrinsecamente da poesia.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mil vistações, quem diria...

É muito gratificante saber que há sempre essa possibilidade de ser ouvido pelo outro, ainda mais neste espaço que é a internet, onde a pessoa à frente não está propriamente à frente, em um diálogo direto, mas em muitos milhares de outros mundos possíveis onde houver um pc e uma rede. Agradeço a todos pelas visitas, pelos comentários, pelo carinho e a participação neste projeto solitário de pensar o mundo e a si mesmo - que se percebe não tão solitário quanto parece...
Cesar de Alencar

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