Ou como mostrar a alma quando não se pode olhá-la no espelho, embora ela esteja ali, nos observando...
Por que estas pulsões ocêanicas?
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A poesia é a capacidade de condensar em belos versos a riqueza experiencial de nossas impressões. Ela é a mais elevada forma de arte literária - na verdade, literatura só é arte se participa intrinsecamente da poesia.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Manifesto do homem - ou qualquer coisa que nos diz respeito
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Almas e corpos
quarta-feira, 20 de junho de 2012
As loucuras da vovó maquiavélica
sexta-feira, 11 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
A política em berço esplêndido
Que as cachoeiras venham abaixo! A farsa está instalada: o exercício retórico dos seus atores será mais uma vez boa diversão para os aficionados em aprender a técnica da oratória. Se a CPI tem razão de ser instalada, e se ela tem mostrado, mais que denúncias de envolvimentos de parlamentares com um bicheiro, um sórdido e, diria mesmo, cotidiano esquema de corrupção, da empresa Delta junto a obras do Governo (petista ou de seus aliados, na maioria dos casos), o alvoroço da mídia sobre ela esconde uma verdade que muitos ainda não se deram conta: o Governo tem feito pouco caso dos possíveis resultados de mais uma CPI contra a corrupção. Para um partido que tenha tido a capacidade de sobreviver às denúncias grotescas do senhor Roberto Jefferson sobre o mensalão, em 2005, parece desnecessário se preocupar com eventuais alardes sobre sua veia corrupta. No fundo, é pelo mote do "rouba mas faz" que a sequência de governos petistas tem ensinado aos mais novatos que não é possível fazer política honestamente, que a corrupção é inerente aos jogos de poder, e que aquele que não se sujar não pode realizar nada de significativo para a população.
domingo, 6 de maio de 2012
Soneto em tributo à Afrodite
Aborto e outras mortes desumanas...
quarta-feira, 2 de maio de 2012
O mundo por trás do mundo
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Diálogos com a physis V
- Já dizia aquele sambinha nosso de cada dia, "ta tudo virado de pernas pro ar"!
- Como assim?
- Não lê jornais?
- E eles lá dizem grande coisa?
- Pois é, o problema é esse. Eles não dizem o que está acontecendo... Há a instauração de uma ordem mundial, que estão nos fazendo engolir goela adentro, sem sequer suspeitarmos que antes de ser um remédio, ele parece um veneno. À força, somos coagidos a concordar com o que se faz na ONU e, em servidão subsequente, no Estado brasileiro. A mente das pessoas tem sido vilipendiada a todo instante, com propagandas que invertem a ordem natural das coisas, que nos levam a enxergar o que de fato não estamos vendo!
- E isso não é bom?
- Seria, se o que nós não estivéssemos vendo fosse a verdade, não a mentira.
- Essas distinções metafísicas não existem mais!
- Acredita mesmo nisso? Acredita que ou tudo é mentira ou tudo seja verdade?
- Quem nos pode dizer o que é uma coisa ou outra?
- Nossos olhos! Veja: nosso país foi abençoado com inúmeras riquezas, mas sejamos sinceros, a benção não é nossa e sim dos outros, porque além de ricos somos estúpidos e ignorantes - Que entrem e levem tudo, é o que dizemos: só queremos o mínimo para poder viver bem, ser feliz e sambar...
- Ah, não fale mal do nosso espírito alegre! Somos o povo mais feliz do planeta!
- E isto não deixa de ser uma estupidez...
- Como você pode falar isso?
- Eu vejo!
O advento da ditadura secreta
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 28 de março de 2012
Escolados pelo precedente do Foro de São Paulo, cuja existência lhes foi ocultada durante dezesseis anos pela mídia soi disant respeitável, alguns leitores brasileiros talvez não se sintam tão espantados ao ver que o New York Times, o Washington Post, a CNN e demais organizações jornalísticas de maior prestígio nos EUA, mesmo depois do pito que levaram do Pravda, continuam sonegando ao público qualquer notícia sobre os documentos forjados de Barack Hussein Obama.
Nos dois casos, a recusa de cumprir a mais primária obrigação do jornalismo pode se explicar, de início, pela reação automática de ceticismo ante condutas que, de tão perversas, maliciosas e abjetas, parecem inverossímeis. Quem poderia acreditar, assim sem mais nem menos, que a esquerda, desmoralizada e aparentemente moribunda após a queda da URSS, estava preparando um retorno triunfal na América Latina por meio de um acordo secreto entre organizações legais e criminosas, planejado para controlar, pelas costas do eleitorado, a política de todo um continente? Quem poderia engolir, na primeira colherada, a hipótese de que um bandidinho com identidade falsa, subsidiado por bandidões, ludibriou a espécie humana praticamente inteira e, da noite para o dia, saiu do nada para se tornar presidente da nação mais poderosa do mundo? É mesmo difícil. Mas quando nem mesmo o acúmulo incessante de provas inquestionáveis demove do seu silêncio obstinado os profissionais que são pagos para falar, então é impossível evitar a suspeita de que o engodo geral não foi tramado só por políticos, mas também pelos donos de jornais, revistas e canais de TV, secundados pelo proletariado intelectual das redações.
No entanto, como qualquer pessoa com mais de quinze anos tem a obrigação de saber, não há nada que esteja tão ruim que não possa piorar. Depois de ocultar a maior fraude política de todos os tempos, a mídia americana passou a esconder até decretos oficiais do governo Obama, que assim são impostos a toda uma população desprovida do elementar direito de saber que eles existem. Os leitores mais velhos devem se lembrar de que a nossa ditadura militar inventou, um belo dia, um treco chamado “decreto secreto”, que entraria em vigor sem precisar ser publicado. Inventou-o mas, que eu saiba, não teve a cara-de-pau de chegar a usá-lo. Pois bem, graças às empresas de comunicações de Nova York e Washington, essa coisa, essa deformidade jurídica inigualável, está em pleno uso na mais velha e – até recentemente – mais estável democracia do mundo.
Quando o amor fanático da classe jornalística a um político se coloca descaradamente acima da Constituição, das leis, da segurança nacional e de todas as regras básicas da moralidade, não há como explicar isso pela mera preferência espontânea dos profissionais de imprensa, por mais obamistas que eles comprovadamente sejam. Alguns jornalistas chegaram a queixar-se ao chefe da Comissão Arpaio, Michael Zullo, de que haviam recebido ameaças diretas do governo para que nada publicassem das investigações. Artigos a respeito foram misteriosamente retirados até de sites conservadores como www.townhall.com, e uma entrevista marcada com Jerome Corsi, o incansável investigador da fraude documental, foi suspensa na Fox News por ordem explícita da diretoria. Com toda a evidência, o bloqueio vem de muito alto, envolvendo tanto funcionários do governo quanto potentados da mídia.
Quando se conhece, porém, o conteúdo dos decretos ocultados, vê-se que a coisa é infinitamente mais grave do que o simples boicote organizado do direito à informação. Em 31 de dezembro, quando o povo estava distraído festejando o Ano Novo, Obama assinou o Defense Authorization Act, que lhe dava, simplesmente, o direito de mandar matar ou de prender por tempo indefinido, sem processo nem habeas corpus, qualquer cidadão americano. No crepúsculo da sexta-feira, 16 de março, veio uma ordem executiva (o equivalente da nossa “medida provisória”, com a diferença de que não é provisória) que confere ao presidente os poderes necessários para estatizar, a qualquer momento e sem indenização, todos os recursos energéticos do país, incluindo as empresas de petróleo, mais a indústria de alimentos, e ainda para instituir quando bem deseje, sem autorização do Congresso, o recrutamento militar obrigatório. Em suma: o homem deu a si mesmo poderes ditatoriais, e nas duas ocasiões fez isso em momentos calculados para desviar as atenções e frustrar a divulgação. A precaução acabou por se revelar desnecessária: jornais e canais de TV, levando a solicitude até o último limite do servilismo totalitário, não publicaram praticamente nada a respeito, de modo que, com exceção daqueles que já voltaram as costas à mídia elegante e preferem informar-se pela internet, os americanos, tendo adormecido numa democracia, acordaram numa ditadura sem ter a menor idéia do que havia acontecido (v. os comentários de Dick Morris em http://www.dickmorris.com/obama-assumes-dictatorial-powers/).
Não que esta seja a primeira ditadura a ocultar sua própria existência. O segredo, ensinava René Guénon, é da essência mesma do poder. As diferenças são duas:
(1) Pela primeira vez na história do mundo a ditadura secreta é implantada por um ilustre desconhecido cuja identidade permanece ela mesma secreta, bloqueada a todas as investigações.
(2) O episódio evidencia com clareza obscena o fenômeno mundial, a que já aludi muitas vezes, do giro de 180 graus na função da grande mídia, que de veículo de informação se transmutou maciçamente, nas últimas décadas, em órgão de censura e controle governamental da opinião pública.
segunda-feira, 12 de março de 2012
A práxis da Guerra, nietzschianamente falando
(1) Eu apenas ataco coisas que são vitoriosas;
(2) Eu apenas ataco coisas contras as quais jamais encontraria aliados, contra as quais tenho de me virar sozinho;
(3) Eu jamais ataco pessoas - sirvo-me delas para tornar manifesta uma situação de necessidade comum, mas furtiva e pouco tangível;
(4) Eu apenas ataco coisas contra as quais todo tipo de diferença pessoal é excluído - atacar é uma prova de bem-querer para mim e, conforme a circunstância, de agradecimento.
in Ecce Homo
Pintura: Goya, gravura n36, Desastre de la Guerra
Diálogos com a physis IV
- O que é isto?
- Estou iniciando qualquer filosofia possível...
- Mas como? Não é a filosofia mesma uma discussão sobre ideias e conceitos universalmente válidos, compreensíveis a todas as pessoas? Esta 'sua filosofia' não restringe em demasia o âmbito da discussão ao puramente subjetivo?
- Sua pergunta já mostra o pouco entendimento que minhas palavras surtiram em seu espírito. E se não há entendimento, não há filosofia.
- Mas não há entendimento justamente porque você usa as palavras à sua maneira. É necessário um acordo prévio sobre o que entedemos por cada palavra que usamos, senão...
- Então não precisamos de filosofia, mas de um bom dicionário. Acho que o Houaiss é suficiente neste caso...
- Lá vem você de novo com sua ironia!
- Só a ironia pode fazer frente ao trágico da situação a que chegamos.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Preconceitos prejudiciosos e prejudiciais
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Péssimo Brado Retumbante!
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Mario Ferreira dos Santos entre nós...
Outra razão de tamanho descaso está em que, aqueles poucos que se sentiram e se sentem agraciados por terem encontrado uma figura tão singular em solo brasileiro, se pensarmos o que pensamos de nós mesmos enquanto país, fazem muito pouco para resplandecer a luz de Ferreira aos menos afortunados. Até o momento, existiam apenas reedições de 4 dos seus livros, donde apenas um deles é imprescindível para a compreensão de seu legado enquanto filósofo: Lógica e Dialética é alguma coisa de bastante oportuna aos ares pouco frescos da mente filosófica atual, e sequer nos foi apresentada em uma edição cuidadosa e crítica, como se exigem os padrões atuais de publicação. Com muitos erros de impressão, notas confusas e mal trabalhadas, e uma introdução que beira ao folhetim muito mais que ao padrão de uma obra como esta que se dá a introduzir, o livro Lógica e Dialética se perde entre os demais livros da editora cristã Paulus como mais um livro. Se não fosse a iniciativa da editora É realizações, que vem publicando outras tantas importantes obras filosóficas, desconhecidas do público brasileiro, inclusive a de Mário Ferreira dos Santos, teríamos que lamentar esse descaso monumental com alguém que merecia uma apreciação, senão devocional, ao menos honrada.